BR 386: a estrada da produção é também a estrada da morte no RS @zerohora

ALERTA NA BR-386

estradaA incidência de acidentes nas estradas gaúchas é tão grande que todas as pessoas que conheço tem alguma relação com vítimas.
Muitos desses acidentes poderiam ter sido evitados se houvesse maior manutenção, sinalização e engenharia adequada para estas estradas.
A negligência com a conservação dessas estradas roubam vidas dentro das famílias gaúchas. Os impostos são pagos, muitas dessas estradas têm inclusive pedágios, os produtos transportados nestas estradas também pagam impostos, o governo não pode alegar falta de recursos.
Se não faltam recursos, o que falta então?

 

Estrada da morte mais mortal

Fundamental para o escoamento da produção gaúcha, a rodovia já registra número de óbitos em acidentes 15% superior a 2011

Antes simples, o ato de fechar os olhos e esperar pelo sono se transformou em um martírio para Amauri José Pereira da Silva, 58 anos. Sobrevivente da violenta colisão que matou sete pessoas na BR-386, em 19 de novembro, o aposentado é assombrado pelas lembranças do acidente.

Após a tragédia que dilacerou três famílias, Pereira passou por cirurgias e teve alta ontem, depois de ficar internado em estado grave no Hospital São Vicente de Paulo, em Passo Fundo. Ele enfrenta a dor da perda da mulher e de um casal de amigos na estrada da morte. O acidente vitimou também um casal e dois filhos pequenos que estavam em um Civic.

– Lembro de tudo. Um carro veio como um avião na nossa direção – relata o aposentado, sem conseguir conter o choro.

Assim como Pereira, outras famílias choram as 79 vidas perdidas este ano na BR-386, conhecida como estrada da produção, responsável pelo escoamento de boa parte da safra gaúcha. A 18 dias do encerramento de 2012, o trágico saldo já é superior aos dois últimos anos. Na comparação com 2011, são 10 mortes (cerca de 15%) a mais na rodovia. O número é alarmante, conforme a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Com 448 quilômetros de extensão, a estrada apresenta diferentes realidades e oferece, a cada trecho, perigos distintos aos motoristas. Para o engenheiro mecânico especializado em trânsito e assistente técnico da ONG Alerta, Walter Kauffmann Neto, a rodovia não está adequada ao fluxo de veículos que recebe diariamente:

– A BR-386 é a estrada da morte porque peca na segurança. É preciso investir pesado em engenharia de trânsito. O usuário merece uma estrada segura e de trânsito rápido.

Dirigente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística do Estado (Setcergs), Frank Woodhead afirma que o investimento em melhorias na segurança da rodovia é uma demanda urgentíssima:

– É lastimável o número de mortes. Temos carros e caminhões demais em uma via simples, de mão dupla.

O sindicato apoia o movimento pela duplicação de toda a rodovia.

– A duplicação praticamente zeraria colisões do tipo frontal, provocadas principalmente por ultrapassagens irregulares – afirma o especialista em transportes João Fortini Albano.

Contraponto
O que diz o Dnit, por meio da assessoria:
“O Dnit tem conhecimento dos problemas da BR-386 e está projetando melhorias. Uma das providências é licitar estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental para o trecho Iraí-Estrela, para indicar soluções de engenharia, incluindo duplicações e construção de viadutos e passarelas.”

ESTRADAS

fonte: ZERO HORA

Motoristas pagam pedágios, pagam IPVA e estradas estão cada vez mais deterioradas

IOTTI

Investimento em rodovias é questionado

Levantamento aponta que 30% das estradas concedidas precisam de obras emergenciais

A primeira parte do raio X das rodovias pedagiadas do Estado, elaborado pelo consórcio Dynatest-SD, apontou que 30% das estradas necessitam de obras emergenciais. O estudo, que custará ao governo R$ 7,4 milhões, analisou as condições estruturais de quase 2 mil quilômetros da malha viária e servirá como base para o planejamento de um novo modelo de pedágios a partir de março de 2013, quando terminam os contratos atuais.

Amparado no levantamento, que foi apresentado ontem ao Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o conselhão, o governo pretende reduzir a tarifa cobrada em 11 polos a partir do ano que vem, além de duplicar alguns trechos das rodovias.

– Há a possibilidade de uma redução de, no mínimo, 20% nas tarifas. Também podemos duplicar de 30 a 40 quilômetros a cada 200 quilômetros pedagiados – explicou o secretário executivo do conselhão, Marcelo Danéris.

Para a cúpula do Piratini, o levantamento técnico indica que a conservação das estradas por parte das concessionárias é precária. O governo também pretende usar o laudo como instrumento em disputas judiciais com as empresas, que pedem indenizações ao Estado devido a um suposto desequilíbrio financeiro causado nos contratos durante os 15 anos de vigência.

A consultoria também analisa se os investimentos previstos contratualmente foram cumpridos pelas empresas, mas essa parte do trabalho ainda não foi concluída. Mesmo assim, Danéris se antecipou e criticou o modelo que será herdado pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), que assumirá as estradas estaduais, enquanto a União retomará as federais.

Estudo deve balizar elaboração de editais

– Pelo menos 53% da malha concedida tem um período de vida útil muito baixo, em torno de três a cinco anos, o que significa que os níveis de investimento são baixíssimos, o suficiente só para suportar o tempo de concessão – apontou.

A partir do estudo divulgado ontem, o governo pretende iniciar nos próximos dias a elaboração de editais para a restauração e manutenção das estradas estaduais.

– A ideia é que uma empresa já esteja contratada para isso quando a gente assumir as rodovias (em março de 2013) – explicou o chefe da Casa Civil, Carlos Pestana.

Fonte: ZERO HORA

Mortes no trânsito

A estradas do Rio Grande do Sul estão cada vez mais precárias.  A cada dia são registrados mais e mais acidentes em estradas que estão em situações deploráveis. Seria um desafio às autoridades governamentais do RS percorrer estes trajetos dos quais nos referimos, como é o caso da região norte, noroeste e central. Somente quem trafega por estes trechos sabe do que estamos falando: estradas em péssimas condições de trafegabilidade, acostamentos inexistentes, falta de sinalização, estradas mal projetadas, pavimentação precária, engenharia rodoviária pífia. Razões suficientes para causar tantas mortes. Os governos querem sempre culpar a imprudência dos condutores, mas o caso NÃO É SEMPRE ESTE. Estamos diante de um apagão rodoviário gaúcho que proporcionalmente (habitantes por número de mortes) mata mais no interior do RS que em regiões densamente povoadas, como Porto Alegre.

Muitos dos acidentes fatais ocorridos em nossas estradas asfaltadas tem acontecido em razão da aquaplanagem.  A responsabilização de quem fiscalizou a construção, de quem construiu, e de quem dá a manutenção precisam ser apuradas. Não é possível que se constitua numa impunidade a responsabilidade de quem teve uma certa ligação gerencial com essas obras que são entregues para a sociedade! Essas rodovias mal feitas que possibilitam o acúmulo da água na pista teve erro lá no inicio da constituição da obra, nas fases da terraplanagem e na execução da sub-base e da base com brita graduada.
Se houvesse uma fiscalização mais severa nessas três fases, logo se constataria se o critério de caimento do eixo para as bordas de 3% estava sendo observado. O DAER, DNIT e nossas Agências Reguladoras têm se mostrado ineficientes na fiscalização, parece haver uma relação de “compadres” nesse quesito! A morte do Nelson e Cristina Teres, do Orlando e Renita Steffen poderiam ter sido evitadas! Se ali tivéssemos uma pista com caimento de 3% do eixo da pista para as bordas!
Basta fazer uma perícia técnica para constatar! Quem vai reparar a família que perde seus entes? Conheci o Nelson e sou capaz de apostar tudo que ele estava na velocidade restrita e segura para ocasião.
BRASIL! Estou lutando contra as injustiças praticadas contra o povo, e essa será minha próxima batalha.

14331796Quatro pessoas morrem em colisão envolvendo carro e caminhão no Norte
Fiesta colidiu com um caminhão na rodovia Carazinho-Sarandi (BR-386)

Um acidente matou quatro pessoas na tarde desta quarta-feira, em Almirante Tamandaré do Sul, no norte do Estado. Segundo a Polícia Rodoviária Federal de Carazinho, um Fiesta colidiu frontalmente com um caminhão na rodovia Carazinho-Sarandi (BR-386), no km 160, por volta das 14h30min.

Os passageiros do veículo, Orlando Aloysio Steffen, 62 anos, Renita Lúcia Steffen,52 anos, e Ana Cristina Teres, 41 anos, morreram no local. O motorista Nelson Teres, 49 anos, foi socorrido e encaminhado em estado grave ao Hospital de Caridade de Carazinho, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

Chovia forte no momento do acidente. Com o impacto, os veículos pararam no acostamento da rodovia, que está parcialmente bloqueada.

O trânsito segue lento no local, em meia-pista. O motorista do caminhão não ficou ferido. Veículo que ele conduzia está carregado com móveis e tem placas de Cidreira.

Conforme a polícia, o trecho não é duplicado e está em boas condições de conservação, mas a rodovia possui muitas curvas sinuosas, o que exige maior atenção dos motoristas. Colisão teria ocorrido na saída de uma curva.

Há menos de um mês, um acidente matou sete pessoas na mesma rodovia, em outro trecho não duplicado. Três veículos colidiram no trecho que liga Soledade a Fontoura Xavier, no km 257.

fonte: ZERO HORA